Mini-Conto - O encontro imperfeito



O encontro imperfeito
Vinícius Arré

Michele e Cristiano se conheceram por um chat na internet.
Meses se foram. Até que se apaixonaram sem nunca terem visto um ao outro.  A paixão era cega para ambos, pura e com pouca malícia.
Cristiano sempre dizia: “Você não me conhece, se você me conhecesse, você não iria gostar tanto assim de mim”.
O tempo se passou a paixão a cada vez mais parecia aumentar.
No aniversário de um ano de namoro virtual, Michele resolveu ir até a cidade de Cristiano. Ela estava muito ansiosa para conhecê-lo, afinal, estava juntando dinheiro há meses só para fazer essa viagem.
Chegando á casa dele, ele o pediu para ela entrar.
Michele estranhou um pouco, pois o Cristiano pessoalmente era diferente, um pouco frio de alguma forma... Ela não sabia explicar.
Mas o amor foi maior, depois de muita conversa, tiveram uma bela noite de amor, porém não podiam evitar o inevitável e inesperado...
A madrugada chegou, eram duas horas da manhã. Cristiano já estava sem sono. Estava perplexo, perdido em seus pensamentos nada bons. Perdido dentre sua violenta imaginação e seu amor desumano. Sua vontade de matar... Lembrou-se de quando o psicólogo disse que ele era louco. Maldito... Teve que fugir e mudar seu nome, sua personalidade. Porém ninguém o cobiçava pessoalmente, seu olhar e jeito frio o fez ir à busca de namoros virtuais. Pobres almas que viam direto a morte. E com Michele não seria diferente.  Levantou-se e foi até o seu porão. Abriu a portinha na parede e pegou sua faca.
Chegando ao quarto, viu que Michele dormia um sono tranquilo. Refletiu alguns minutos sobre a beleza dela. “É uma pena, ela é tão bonita” Pensou.
Beijou-a e ao mesmo tempo encravou a faca no coração dela, sem a menor piedade, ela acordou desesperada e tudo o que fez foi derramar uma lagrima de dor.
“Um rosto bonito não deve ser jogado fora” Cristiano pensou.
Limpou o sangue da faca, e começou a arrancar a cabeça dela. Quando feito, agarrou a cabeça pelos cabelos e levou-a a uma câmara fria no porão, onde se lia “Vítimas da sedução”

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